Brasileira diz ter sido abusada por Jeffrey Epstein quando tinha 14 anos: 'Pior pesadelo'

  • 03/09/2025
(Foto: Reprodução)
A brasileira Marina Lacerda durante coletiva de imprensa em 3 de setembro de 2025 REUTERS/Jonathan Ernst Uma brasileira revelou nesta quarta-feira (3) ter sido uma das vítimas abusadas pelo empresário Jeffrey Epstein, nos Estados Unidos. Marina Lacerda afirmou que os abusos aconteceram quando ela tinha apenas 14 anos, em Nova York. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Marina, hoje com 37 anos, foi uma das vítimas que participaram de uma coletiva de imprensa para pedir que o Congresso dos EUA aprove uma lei que obrigue a divulgação de todos os documentos da investigação sobre o caso. Veja detalhes sobre os crimes mais abaixo. A brasileira afirmou que conheceu Epstein em 2002, quando tinha 14 anos. Ela contou que, à época, havia acabado de se mudar para os EUA com a mãe e a irmã. As três dividiam um quarto no bairro do Queens, em Nova York. Marina disse ainda que trabalhava em três empregos para tentar sustentar a família. Foi neste momento que apareceu a oportunidade de conhecer Epstein, apresentada como uma proposta de trabalho. "Uma amiga minha do bairro me disse que eu poderia ganhar US$ 300 para dar uma massagem em um cara mais velho", contou. "Isso passou de um emprego dos sonhos para o pior pesadelo." Em entrevista à ABC News, a brasileira afirmou que passou a integrar uma rede de meninas recrutadas em Nova York e forçadas a encontros sexuais com o empresário. Em determinado momento, Marina disse ter acreditado que poderia receber uma proposta de emprego de Epstein que poderia mudar a vida dela e da família para melhor. "Eu pensava que, se eu apenas jogasse o jogo, não seria mais só essa imigrante do Brasil, e teria algo a esperar do futuro", contou. Segundo ela, os abusos duraram três anos. Marina relatou que, aos 17 anos, o bilionário começou a perder o interesse por ela por ficar "velha demais". A brasileira contou também que chegou a ser procurada pelo FBI em 2008, mas não foi ouvida pela Justiça porque Epstein havia assinado um acordo judicial. Ela só pôde depor sobre o caso 11 anos depois, quando a investigação foi reaberta. "Como imigrante do Brasil, eu me sinto fortalecida em saber que a garotinha que lutava para sobreviver aos 14 e 15 anos finalmente tem uma voz", disse nesta quarta-feira. A coletiva de imprensa da qual Marina participou foi organizada pelos deputados Thomas Massie, republicano, e Ro Khanna, democrata. Mesmo sendo de partidos opostos, ambos tentam pautar no Congresso a votação de um projeto sobre arquivos da investigação. A proposta em questão visa a divulgação de todos os documentos sigilosos, incluindo os que estão sob posse do FBI e dos escritórios de procuradores dos EUA. Crise no governo Trump Jeffrey Epstein: quem foi, quais crimes cometeu e qual a associação com Trump Jeffrey Epstein tinha conexões com milionários, artistas e políticos influentes. Entre 2002 e 2005, ele foi acusado de aliciar dezenas de meninas menores de idade para encontros sexuais em suas mansões. Em 2008, Epstein chegou a firmar um acordo com a Justiça para se declarar culpado. Em 2019, o caso voltou à tona, quando autoridades federais consideraram o acordo inválido e determinaram a prisão do bilionário por tráfico sexual. O bilionário morreu na cadeia poucos dias após ser preso. Segundo as autoridades, ele tirou a própria vida. Durante a campanha eleitoral de 2024, o então candidato Trump prometeu divulgar uma lista com os nomes de pessoas supostamente envolvidas no esquema de exploração sexual liderado por Epstein. Em fevereiro deste ano, alguns documentos chegaram a ser publicados pelo governo. Em um desses arquivos, o nome de Trump aparece ao lado de outras pessoas em registros de voos ligados ao bilionário. É de conhecimento público que os dois foram próximos nos anos 1990. Trump, no entanto, não é investigado nesse caso. Ainda em fevereiro, a procuradora-geral Pam Bondi chegou a insinuar que havia uma lista de clientes de Epstein sobre a mesa dela para ser revisada. Esse documento, no entanto, nunca foi divulgado. Mais recentemente, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou que não existe nenhuma lista de clientes nos documentos relacionados à investigação. O próprio presidente Trump passou a afirmar que a tal documento é uma farsa. A mudança de versão irritou a base de apoiadores do republicano. Muitos desses eleitores compartilham teorias da conspiração sobre o caso Epstein e exigem a divulgação completa das informações sobre a rede de exploração sexual. VÍDEOS: mais assistidos do g1

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/09/03/brasileira-diz-ter-sido-abusada-por-jeffrey-epstein-quando-tinha-14-anos-pior-pesadelo.ghtml


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