Eles pretendem surfar até os 100

  • 01/06/2025
(Foto: Reprodução)
Aos 82 anos, Felipe Pomar continua pegando ondas, mas agora sua principal motivação é divulgar a importância de um estilo de vida saudável. Felipe Pomar nasceu no Peru em 1943. Aos 14 anos, já se aventurava em cima de uma prancha e, em 1965, se tornou campeão mundial de surfe. Também virou uma lenda ao, acidentalmente, surfar um tsunami (mais adiante eu conto). Aos 50 anos, teve sérios problemas de saúde e foi aconselhado pelos médicos a abandonar as ondas. Em vez disso, procurou todas as informações disponíveis para se cuidar melhor. “Com exceção de um ombro meio avariado, consegui reverter o quadro”, afirma. Felipe Pomar: aos 82 anos, o surfista veterano continua pegando ondas e divulga a importância de um estilo de vida saudável Divulgação Aos 82 anos, além de continuar surfando, está empenhado em divulgar as raízes do esporte – surgido, provavelmente, há cinco mil anos, em comunidades peruanas que utilizavam barcos de palha – e a importância de um estilo de vida saudável. Foi assim que surgiu o “Surfe até os 100” (“Surf till 100”), criado por ele com os amigos Tom Woods e Jeff Hakman, com um programa que se propõe a “desenvolver o campeão que vive em cada um de nós”. Como? Aproveitando a experiência dos seus fundadores para ensinar os fundamentos da longevidade: exercício, alimentação balanceada, sono de qualidade, resiliência emocional, conexões sociais e envolvimento com a comunidade. Pomar ao lado dos amigos Tom Woods e Jeff Hakman, criadores do Surf Till 100 Divulgação Sobre o tsunami que encarou, voltemos a 3 de outubro de 1974. Pomar morava no Havaí, para onde tinha se mudado na década de 1960, mas se encontrava no Peru, para a temporada de ondas altas. Ele e o amigo Piti Block estavam em Punta Hermosa, a pouco menos de 60 quilômetros de Lima, quando foram surpreendidos por um forte terremoto – os dois não sabiam ainda, mas o tremor havia sido de magnitude 8 na Escala Richter. Provocou 78 mortes e feriu 2.400 pessoas. Rememorando os acontecimentos, Pomar diz que ambos deviam estar loucos de entrar no mar nessas condições: “já vivia no Havaí há quase dez anos e nunca tinha me deparado com ondas enormes depois de um aviso de tsunami. Me sentia plenamente capaz de enfrentar uma de 10 ou 12 metros”. No entanto, logo os amigos começaram a ser puxados por uma forte correnteza para dentro do oceano, sendo cercados por redemoinhos. “A essa altura, percebi que talvez a onda tivesse mais de 30 metros e fui invadido por uma sensação profunda de insignificância”, resume. A dupla decidiu remar na direção de um coral de águas profundas para, quando o tsunami chegasse naquela área, surfar dali em direção à praia. Felizmente a primeira onda não era gigantesca, e a manobra acabou dando certo. No restante do percurso até a praia, Pomar e Block remaram com toda a força de que dispunham. Ao pisar na areia, só conseguiram se abraçar. Ao saber da gravidade do terremoto, não contaram a ninguém o que tinha ocorrido – somente anos depois compartilharam a aventura. Nos velhos tempos de campeão de surfe Arquivo pessoal Todo mundo pode correr?

FONTE: https://g1.globo.com/bemestar/blog/longevidade-modo-de-usar/post/2025/06/01/eles-pretendem-surfar-ate-os-100.ghtml


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