Hamas diz estar aberto a acordo com Israel, mas apenas se levar ao fim da guerra em Gaza
02/07/2025
(Foto: Reprodução) Declaração do grupo terrorista vem horas após o presidente dos EUA anunciar que Israel aceitou sua proposta para um cessar-fogo de 60 dias na Faixa de Gaza. Em declaração inflamada nesta quarta (2), o premiê israelense prometeu o fim do Hamas. Trump diz que Israel aceitou cessar-fogo de 60 dias em Gaza
Horas após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que Israel aceitou sua proposta para um cessar-fogo de 60 dias na Faixa de Gaza, o Hamas afirmou nesta quarta-feira (2) que está aberto a um acordo, mas apenas se ele levar ao "fim completo da guerra".
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O oficial do grupo terrorista Taher al-Nunu disse à agência de notícias Associated Press que o Hamas está “pronto e comprometido para chegar a um acordo”, mas se for uma "iniciativa que claramente levasse ao fim completo da guerra”.
Em comunicado oficial divulgado à imprensa horas depois, o Hamas confirmou as declarações e disse que está "analisando novas propostas de cessar-fogo de mediadores, visando um acordo que ponha fim ao conflito em Gaza e garanta a retirada das forças israelenses do enclave".
Ao longo dos quase 21 meses de guerra, as negociações de cessar-fogo entre Israel e o Hamas fracassaram repetidamente.
O Hamas diz que está disposto a libertar os 50 reféns restantes - dos quais menos da metade estariam vivos - em troca de uma retirada israelense completa de Gaza e do fim da guerra.
Israel diz que só concordará em acabar com a guerra se o Hamas se render, se desarmar e se exilar, algo que o grupo se recusa a fazer.
De acordo com uma autoridade israelense, a proposta apresentada pelos EUA prevê, durante os 60 dias de trégua, uma retirada parcial de Israel de Gaza e um aumento na ajuda humanitária ao território. Os mediadores e os EUA dariam garantias sobre as negociações para encerrar a guerra, mas Israel não se comprometeu com isso.
Ao fazer o anúncio nesta terça-feira, Trump instou o Hamas a aceitar o acordo antes que as condições piorem.
Segundo outra autoridade do grupo palestino, que falou sob a condição de anonimato, uma delegação do Hamas deve se reunir com mediadores egípcios e catarianos no Cairo nesta quarta-feira para discutir a proposta apresentada pelos EUA.
Em seu primeiro Israel ainda não se pronunciou publicamente sobre o anúncio do presidente americano. Na manhã desta quarta-feira, o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, apenas voltou a garantir que não vai abrir mão de eliminar o grupo terrorista:
"Não haverá um Hamas. Não vamos voltar a isso. Acabou".
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REUTERS
Trump anunciou que Israel aceitou termos para cessar-fogo
Trump afirmou nesta terça-feira (1º) que Israel concordou com os termos para fechar um cessar-fogo na Faixa de Gaza. O acordo ainda precisa ser ajustado e assinado pelas partes. O Hamas ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Em uma rede social, Trump disse que a proposta final para o cessar-fogo está sendo elaborada pelo Catar e pelo Egito, e deve ser apresentada nos próximos dias.
O presidente também declarou que representantes dos EUA tiveram uma longa reunião com autoridades israelenses nesta terça-feira para tratar do tema.
"Israel concordou com as condições necessárias para finalizar o cessar-fogo de 60 dias, durante o qual vamos trabalhar com todas as partes para acabar com a guerra", escreveu.
Mais de 170 ONGs pedem fim do atual esquema de ajuda humanitária em Gaza
A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 de outubro de 2023, após terroristas liderados pelo Hamas invadirem Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo 251 reféns — a maioria civis.
Desde então, a campanha militar israelense matou mais de 56 mil palestinos, segundo autoridades controladas pelo Hamas. Grande parte do território de Gaza foi devastado, e a maioria da população está deslocada. A desnutrição generalizada é uma preocupação crítica.
Um breve cessar-fogo de 40 dias foi estabelecido entre janeiro e março de 2025, mas Israel retomou as ofensivas militares logo após o fim do prazo.
Durante a trégua, o Hamas devolveu reféns a Israel, enquanto o governo israelense concordou em libertar prisioneiros palestinos mantidos em suas prisões.
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