Quem é Alvin Holsey, o comandante que questionou bombardeios dos EUA e saiu em meio à escalada na Venezuela

  • 17/10/2025
(Foto: Reprodução)
Comandante das operações militares dos EUA na América Latina se demite O almirante Alvin Holsey, responsável pelas operações militares dos EUA na América Latina e no Caribe, chefiava uma das regiões mais sensíveis da política externa americana: o Comando Sul, que tem foco em países como Venezuela, Colômbia, Cuba e Haiti. Sua saída, confirmada na quinta-feira (16) pelo secretário de Guerra Pete Hegseth, ocorre em meio à escalada de tensões na Venezuela e expõe divisões internas sobre os rumos da ofensiva no Caribe. Segundo o The New York Times, a decisão de Holsey está ligada a divergências sobre os bombardeios conduzidos pelos EUA contra barcos supostamente envolvidos no tráfico de drogas. As operações, realizadas em águas internacionais próximas à costa venezuelana, resultaram em ao menos 27 mortes desde setembro e foram duramente criticadas por entidades como a Human Rights Watch, que as classificou como “execuções extrajudiciais ilegais”. O caso ganhou contornos políticos quando o presidente Donald Trump anunciou ter autorizado operações secretas da CIA na Venezuela, levantando o temor de uma intervenção militar direta. Leia Também Invasão secreta da CIA, sobrevoo de bombardeiros: os sinais de que Trump está disposto a derrubar Maduro na Venezuela Um ‘Iraque’ na América Latina? A estratégia da Venezuela para dissuadir um ataque dos EUA Holsey assumiu o Comando Sul no fim de 2024. Sua trajetória inclui o comando do Carrier Strike Group 1 e do USS Makin Island, primeiro navio de propulsão híbrida da Marinha dos EUA, além de ter chefiado a Navy Personnel Command e atuado como vice-comandante do Comando Sul antes de assumir o posto máximo da região. Segundo o New York Times, Holsey expressou reservas sobre os bombardeios e adotava uma postura cautelosa diante da escalada militar. Fontes do Pentágono afirmaram à imprensa americana que essa prudência o colocou em rota de colisão com setores mais agressivos do governo, e que o almirante demonstrou incômodo com o caráter cada vez mais ofensivo das ações na Venezuela. O almirante teria alertado para os riscos de escalada e questionado a falta de provas que justificassem os bombardeios. Mesmo assim, preferiu manter uma postura discreta, evitando confrontos públicos com o secretário Hegseth e o presidente Trump. Sua saída, vista como “inesperada”, teria sido precipitada pela resistência em endossar novos ataques. Ao anunciar sua aposentadoria, o Departamento de Guerra exaltou “décadas de serviço exemplar”. Nos bastidores, a imprensa americana relata que as palavras de agradecimento “mascaram tensões políticas reais” sobre o rumo das operações. O almirante Alvin Holsey, comandante do Comando Sul dos EUA, na Argentina, em 20 de agosto de 2025 REUTERS/Martin Cossarini

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/10/17/quem-e-alvin-holsey-o-comandante-que-questionou-bombardeios-dos-eua-e-saiu-em-meio-a-escalada-na-venezuela.ghtml


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