Balanço foi divulgado nesta quinta (21) pelo governo de Gaza, controlado pelo Hamas. ONU disse que 70% das mortes já verificadas são de mulheres e crianças. Pessoas fazem orações ao lado dos corpos de palestinos que foram mortos em um ataque israelense, no hospital Nasser em Khan Younis, na Faixa de Gaza
Hatem Khaled/Reuters
O número de mortos na Faixa de Gaza por conta da ofensiva militar desde o início da guerra entre Israel e o Hamas passou de 44 mil pessoas, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (21) pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
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As mortes, ainda segundo o ministério, foram provocadas por bombardeios ou incursões por terra de militares de Israel. O balanço inclui não detalha quantos eram civis e quantos, terroristas do Hamas e de outros grupos armados que atuam na Faixa de Gaza.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 70% dos mortos são mulheres ou crianças. A ONU vem fazendo um levantamento para verificar todas as mortes registradas pelo Ministério da Saúde de Gaza.
Até agora, a ONU disse já ter verificado mais de 8.000 mortes e afirmou que, dessas, 70% eram mulheres e crianças.
Já o governo de Israel afirmou que cerca de 17 mil mortos em Gaza eram terroristas.
Mandados de prisão
Human Rights Watch acusa Israel de crimes contra a humanidade
Também nesta quinta, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por crimes de guerra.
O TPI também expediu mandados para Mohammed Deif, líder do Hamas que Israel diz já ter matado, e para o ex-ministro da Defesa de Israel Yoav Gallant, demitido há duas semanas por Netanyahu.
O TPI disse ter evidências suficientes de que todos condenados cometeram crimes de guerra por deliberadamente atacarem alvos civis, de um lado e de outro. As condenações também incluem os crimes de "indução à fome como método de guerra", pelo lado de Israel, e "exterminação de povo", pelo lado do Hamas.
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI — inclusive o Brasil — e significa que os governos desses países se compromentem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.