Prefeito de Varsóvia pró-UE e nacionalista se enfrentarão no 2º turno da eleição presidencial na Polônia
19/05/2025
(Foto: Reprodução) Rafal Trzaskowski, atual prefeito da capital polonesa, saiu vitorioso do pleito, mas ainda terá de enfrentar nacionalista Karol Nawrocki no segundo turno. O prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, acena para apoiadores após ficar em 1º lugar no 1º turno da eleição presidencial da Polônia, em 18 de maio de 2025.
Czarek Sokolowski/ AP
O prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, um político pró-União Europeia, saiu vitorioso no primeiro turno das eleições presidenciais da Polônia no domingo (18), segundo resultados oficiais divulgados nesta segunda-feira (19).
Apesar da vitória, ele ainda terá de ir ao segundo turno, quando enfrentará o nacionalista Karol Nawrocki.
O resultado do segundo turno, em 1º de junho, será decisivo para o futuro da Polônia, membro da União Europeia e da Otan, já que o presidente tem um importante poder de veto no governo do país
Trzaskowski, candidato da Coalizão Cívica (PO), recebeu 31,36% dos votos contra 29,54% de Nawrocki, informou a Comissão Eleitoral. Já dois candidatos da extrema direita do país somaram 21,15% dos votos.
Se Trzaskowski conseguir vencer o segundo turno, o resultado teria um impacto positivo para o governo do atual primeiro-ministro, Donald Tusk. Tusk, ex-presidente da UE, tem tido muitas iniciativas frustradas pelo atual presidente, o conservador Andrzej Duda — na Polônia, presidente tem poder de veto.
Contudo, uma vitória de Nawrocki, um historiador que se declara admirador de Donald Trump e é apoiado pela oposição nacionalista Lei e Justiça (PiS), poderia provocar, segundo analistas, a convocação de novas eleições parlamentares para formar um novo Executivo.
A campanha foi dominada por questões de política internacional e o lugar que a Polônia deve ocupar entre a União Europeia e os Estados Unidos, cuja aliança parece mais questionada do que nunca durante o segundo mandato de Trump.
Vizinha da Ucrânia, a Polônia também debate o apoio a Kiev na guerra da Ucrânia. No início do conflito, o país aliou-se ao governo ucraniano, de quem vem se afastando por conta de discordâncias sobre o apoio financeiro e militar.
Agora, a incógnita está em saber se os eleitores da extrema direita vão apoiar Nawrocki no segundo turno, em uma eleição que teve taxa de participação de 67% no primeiro turno.
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