Primeira congressista trans eleita nos EUA, Sarah McBride será proibida de frequentar banheiro feminino do Capitólio

  • 21/11/2024
(Foto: Reprodução)
Presidente da Câmara cede às pressões transfóbicas da bancada republicana, encorajada pela vitória de Trump, e dita novas regras que afetam funcionários transgêneros do Congresso EUA elegem primeira deputada trans Primeira mulher trans eleita para um assento Congresso dos EUA, a democrata Sarah McBride é o alvo de discriminação da bancada republicana antes mesmo de tomar posse, dentro de dois meses. No dia destinado a homenagear pessoas trans vítimas da intolerância, o presidente da Câmara, Mike Johnson, ditou uma nova regra no Capitólio, proibindo a congressista eleita por Delaware e funcionários transgêneros de usarem os banheiros femininos do local. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Sob pressão da deputada republicana Nancy Mace, que apresentou uma resolução para banir mulheres trans de frequentar banheiros e vestiários do Capitólio, Johnson se adiantou e anunciou sua decisão, numa tentativa de encerrar a polêmica. “As mulheres merecem espaços só para mulheres. E não somos 'antininguém', somos pró-mulheres.” Em outras palavras, quando tomar posse, em janeiro, a congressista McBride terá que usar o banheiro destinado aos homens. Eleita pela Carolina do Sul, Mace foi mais enfática na campanha transfóbica, acirrando a guerra cultural dentro do Congresso. Uma de suas colegas mais extremistas da bancada republicana, a deputada Marjorie Taylor Greene ameaçou partir para a violência física caso flagrasse uma mulher trans no banheiro feminino. "Ele é um homem. Ele é um macho biológico, então não tem permissão para usar nossos banheiros femininos, nossa academia feminina, nossos vestiários e nossos espaços que são especificados para mulheres”, argumentou Nancy Mace, referindo-se a Sarah McBride. Encorajada pela vitória de Donald Trump, a congressista republicana anunciou ainda planos de apresentar um projeto de lei mais amplo, estendendo a proibição do uso de banheiros e vestiários femininos por pessoas trans a todas as repartições federais. Durante a campanha, o presidente eleito prometeu limitar o acesso a cuidados de saúde para transgêneros, impedir o seu ingresso nas forças armadas e banir atletas trans de esportes femininos. “No dia 1, assinarei uma ordem executiva instruindo todas as agências federais a interromper a promoção da transição de gênero em qualquer idade. Eles não farão mais isso", assegurou num comício em agosto. No centro da polêmica, a deputada McBride se mostrou conformada a ter de frequentar o banheiro masculino, alegando que foi eleita para resolver temas mais importantes. “Não estou aqui para brigar por banheiros. Estou aqui para lutar pelos moradores de Delaware e para reduzir os custos enfrentados pelas famílias”, postou McBride no X. Mas o líder da minoria democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, acusou a bancada adversária de bullying contra um novo membro do Congresso. “É isso que estamos fazendo? Essa é a lição que vocês tiraram da eleição em novembro?” Por enquanto, a limitação se resume às instalações da Câmara dos Representantes, pois o Senado ainda é controlado, até janeiro, pelos democratas. Depois de 20 janeiro, nada é garantido. LEIA TAMBÉM Trump escolhe ex-procurador ultranacionalista para ser embaixador dos EUA na Otan Venezuelano acusado de matar jovem nos EUA é condenado à prisão perpétua Carlo Acutis, 'padroeiro da internet' que tem milagre reconhecido no Brasil, será canonizado em 2025 Sarah McBride, primeira candidata trans eleita para o Congresso dos EUA Divulgação VÍDEOS: mais assistidos do g1

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/blog/sandra-cohen/post/2024/11/21/primeira-congressista-trans-eleita-nos-eua-sarah-mcbride-sera-proibida-de-frequentar-banheiro-feminino-do-capitolio.ghtml


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